domingo, 17 de abril de 2011

IPad será "produzido" no Brasil?

Essa semana, a Foxconn, produtora de, entre outros produtos, o Ipad na China, anunciou que irá abrir uma fábrica no Brasil, para “fabricar” Celulares, Tablets, Notebooks, Monitores e Televisores de alta definição. Agora "produzir" ou "fabricar" não seriam os termos ideais para o que eles vêm fazer aqui. O mais apropriado seria dizer MONTAR.


Nós não somos capazes de produzir nenhum dos componentes eletrônicos desses aparelhos, e mesmo que a tecnologia local se desenvolva muito, ainda não seremos competitivos com os chineses. Que conseguem fazer mais, melhor e mais barato.

Mais então por que eles estão vindo para o Brasil?
Simples, somos excelentes consumidores, compramos muito esses equipamentos e o governo está diminuindo impostos dos eletrônicos, que são "produzidos" no Brasil. Fábricas locais, como por exemplo a Positivo, vêm se beneficiando disso há anos!
Então a Foxconn assim como as outras, estão vindo para o Brasil, para pegar todos os componentes chineses, colocar em uma caixa de papelão 100% nacional, e assim concorrer no mercado com a vantagem de pagar menos impostos.
Sede da Foxconn na China

Mas afinal o governo está errado em dar incentivos a estas empresas, que na verdade não vão produzir porcaria nenhuma aqui, e só montar componentes chineses?
Não, de forma alguma! Infelizmente, esse é o único jeito de atrair esses gigantes e com eles, um pouco de tecnologia de ponta pra cá. E se pelo menos não vamos conseguir fazer componentes por enquanto. Essas empresas aumentam e muito a especialização da mão de obra e pode ter certeza que a engenharia brasileira só tem a ganhar com tudo isso. Quem sabe um dia, o Brasil se torne um país tecnológico. 
A presidenta só deve ficar atenta para que, realmente a mão de obra local seja desenvolvida, porque se os engenheiros e técnicos vierem todos da China, não teremos nada a ganhar, a não ser o aquecimento do mercado de caixas e embalagens.
Linha de Montagem dos IPads
E os empregos? Sim seriam 100 mil empregos diretos gerados, mas a um custo muito alto para o governo, que se aplicasse esse dinheiro e benefícios em outros mercados geraria muito mais empregos. Portanto a quantidade de empregos não é o mais importante neste caso e sim a qualificação que essa mão de obra e o País, irão alcançar.


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Até logo,

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